Assim como edifícios, a Terapia Cognitvo-Comportamental (TCC) tem características, espaço e bases muito bem definidas que se faz diferenciar de qualquer outra psicoterapia. Um dos nossos primeiros trabalhos na clínica – meu e do paciente – é entender como o tratamento psicológico se dá. Como ele acontece de fato. Ana, eu deito em um divã ? Já respondo que não – mas fique à vontade para deitar no sofá, se quiser. Só eu falo? Não! Psicoterapia é um troca entre psicologo e paciente, logo precisamos conversar com os pacientes. Para podermos apreciar melhor a “arquitetura” do tratamento, aqui vai 3 características fundamentais da TCC:
- Não se restringe ao set terapêutico (consultório)
A vida acontece para fora do consultório. se nos consultório nós analisamos, conversamos, rimos, choramos, definimos novas percepções, é a na vida diária, no seu acordar ao seu dormir que você leva o que entendeu, aprendeu e que colocou como objetivo em prática. Até porque de nada vale pensar sobre algo, mudar parâmetros e não colocarmos em ação. E por isso sempre fazemos o que chamamos de plano de ação. Saímos das sessões com algo para colocar em prática seja uma mudança no seu trajeto ao trabalho, responder de forma diferente a um chefe, dar bom dia àquela pessoa que você não fala frequentemente ou marcar um médico para fazer um checkup que você está procrastinando a meses. A mudança só se finca no mundo lá fora, não nas paredes do consultório.
2. Voltada para ação e não só para o insight do paciente
Como já falamos anteriormente o processo que transformar essa nova percepção em movimento é o que realmente muda o ponteiro. O processo de análise dos pensamentos automáticos, entendermos as raízes de nossas crenças são fundamentais para entender a origem de muito dos nossos sofrimentos e é para isso que o set terapêutico existe: um lugar livre de julgamentos onde você pode olhar para si mesmo para todas as partes, principalmente aquelas que você tem medo, insegurança ou vergonha. nesse lugar nasce novos olhares para aquilo que pareci míope, faz algo que parecia tão grande, mas depois de dito em voz alta te faz sentir que nem sentido tem. Mas assim que chegamos nesses insights precisamos criar forma de “trazê-lo à vida” . Sem movimento não existe vida.
˜A vida é movimento.”
3. Voltada para o momento presente